Ideia do Dia

domingo, fevereiro 25, 2007

Problemas Menores

Tenho outros problemas, menores claro. De longe não tão importantes e significantes como a saúde e o bem-estar daqueles que mais amo.
Mas claro o meu trabalho tem apanhado por tabela, nestas últimas semanas.
Não tenho conseguido manter o rendimento, os horários.
E acabei de ser afastada de um "projecto".
Custa-me muito.
Mas as últimas semanas têm sido uma verdadeira correria e agora no auge de tanto sofrimento, também me preocupa, como vou conseguir manter o ritmo.
Tenho três novos "projectos" em mãos, onde queria dar o meu máximo, sem descuidar os outros que já acompanho há bastante tempo.
Acima de tudo trata-se de pessoas que não quero desiludir.
É trabalho que não pode esperar.
É um trabalho em que não posso assim de um momento para o outro mandar alguém para me substituir.

E por outro lado, está o Diogo que ainda não anda no infantário.
Está uma ama, que cada vez mais se mostra indisponível, por ter assuntos próprios para tratar...

São mais problemas atrás de mais problemas, menores é certo, mas que também fazem muita confusão nesta cabecinha já por si a mil....

E não vamos ficar por aqui

Pois os meus pimpolhos têm operação marcada para dia nove de Março, exactamente às amígdalas.
O pediatra e o Otorrinolaringologista (e eu e o P. também), acharam por bem, tentarmos através desse meio acabar com estas fases de doenças atrás de doenças, escarlatinas e respectivas amigas. Não é uma certeza, que acabem, mas é uma tentativa com boas perspectivas.
Agora com tudo isto que está a passar com o P. tenho medo, tenho receio.
Agora os pensamentos, os medos e os receios são mais intensos, mais profundos.
Vai ser mais uma semana de internamento, onde vou estar com eles no mesmo quarto.
Não sei se vou dar conta do recado sozinha...
Não sei se o P. vai ter forças para me ajudar.
Não sei se o P. já vai estar mesmo bem.
Não sei se devia adiar a operação deles.
Mas sei que eles agora estão bem, mas que a qualquer momento pode mudar e uma nova Escarlatina no Henrique, pode ser perigoso...

Tudo são dúvidas.

Sei que preciso de força, mas ela falta-me.

O Henrique

Teve a infelicidade de todas estas desgraças terem acontecido na altura dos aninhos dele.
Na terça-feira teve uma festinha muito boa no infantário, foi muito gira, muito animada e muito divertida. Passei a manha toda com ele lá.

Mas as festinhas em casa, que deviam ser este fim-de-semana foram adiadas, em princípio, em uma semana.
Ficou triste e revoltado.
Fez birra, mas acabou por perceber a situação e mostrou-se bastante compreensivo. Pois ele já é um menino grande com cinco aninhos (palavras dele).
Claro que não fiquei contente por lhe dar este pequeno desgosto, mas não tinha outra hipótese.
Só espero mesmo que não tenham de ser mesmo canceladas... era muito triste para ele.
Mas acho que vamos conseguir superar tudo isto até então!
Tenho fé!
Tenho a esperança que sim!

Assustada

Estou assustada e muito receosa...
A recuperação não está a ser fácil.
Ele não está a reagir como previsto...
Estive agora mesmo a falar com ele ao telefone e pareceu-me muito desanimado e pior que ontem.
Ainda não consegui falar directamente com a equipa médica desde a operação e tem sido através dele que tenho tomado conhecimento do que eles dizem. Ontem notaram, durante a consulta da manha, que ele estava novamente a criar pus no mesmo local, foi espremido logo ali, mas com a advertência, que caso hoje voltasse a ter alguma coisa, o mais provável era terem de repetir a operação...
Sei que ele está em boas mãos... mas isso não ajuda o suficiente, pois o diagnóstico cor-de-rosa de sexta-feira, de que ele não teria mais nenhum problema e que se sentiria logo melhor, não está a ser completamente certo...
Durante a operação de sexta-feira, detectaram que o abcesso afinal fora criado devido, aqui há oito anos na operação às amígdalas ter ficado um pequeno resto, que nos últimos tempos tinha inflamado e formado toda esta confusão.
Mas o facto de ele continuar a criar pus, apesar de todos os antibióticos que lhe estão a ser administrados de forma intravenosa, deixa-me reticente...
Pedi-lhe que me ligasse assim que fosse à consulta de hoje, para saber novidades... estou em pulgas...
Os pequenos ainda não foram ver o pai. Tinha-lhes prometido que iam hoje, mas agora já não tenho tanta certeza se será boa ideia... Tudo vai depender do avanço dos acontecimentos.
Mas a mim não me apetecia sair do lado dele. Por isso não tenho conseguido evitar ir lá todos os dias, pelo menos durante a tarde, mas por vezes torna-se difícil, ter alguém que se disponibilize para ficar com os pimpolhos...

Ando com a cabeça a mil, não tenho sossego, nem paz...

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Umas atrás das outras...

A minha vida tem sido um carrossel...

A minha vida tem estado cheia de momentos muito maus... doenças atrás de doenças...

Hoje foi mais um culminar de sofrimento...

Sofri... chorei... por ver o homem da minha vida, o homem que mais amo a lutar pela sua própria vida... Foi um dos momentos que mais medo tive.

Não por mim... mas por ele... Só me passava pela cabeça que não podia ser possível, que era um pesadelo... que brevemente iria acordar, e tudo estava bem.
Mas o sofrimento dele era real...
A vida dele esteve mesmo em perigo...

Mas o nosso amor foi forte, e a sorte esteve do nosso lado... foi por horas... foi por minutos... tudo podia ter acabado, mas ele foi salvo, está bem!

Tudo começou com diagnósticos errados que já tinha mencionado anteriormente, e confirmou-se hoje que nenhum dos dois médicos a que ele tinha recorrido, se apercebera do perigo que ele tinha dentro dele.
Um "bicho mau" que o estava a consumir aos poucos e à espera de rebentar a qualquer momento e levá-lo, de mim, dos filhos, de nós...

Depois de ter passado a última semana bem, ou quase bem, nada fazia prever este desfecho, nada mesmo...

As dores horríveis que ele tinha sentido, voltaram ontem, voltou a mal conseguir falar, a não conseguir mastigar, nem engolir... tudo era uma tortura...
Valeu-lhe a visita hoje de manha a um Otorrinolaringologista, que descobriu o "bicho mau" e reconheceu o grave da situação.

Mal tivemos tempo de arranjar algumas coisas e organizar quem ficasse com os pimpolhos (encontrei um coração de ouro, que abriu a porta da casa dela, sem pestanejar ou duvidar, por tempo indefinido, pelo tempo que eu precisasse) e fomos para a clínica, a 80 km, eu ao volante vi o estado em que ele ia ficando... a cada minuto pior... a cada minuto mais assustador... mas eu tinha que chegar à clínica, eu tinha que o levar até lá, estava nas minhas mãos...

Faltavam poucos quilómetros, uns cinco, e ele pediu para eu parar, precisava de ar fresco, de sair do carro... poucos segundos depois seguimos viagem, dei com a clínica num instante, graças ao GPS, entrámos e tudo se sucedeu muito depressa, apesar de que cada minuto de espera, parecer horas.
Tudo tão rápido e tudo tão lento.
Agora relembro aquilo como um filme...
Mas no momento tudo real... tudo tão doloroso.

Na clínica confirmaram o diagnóstico, que tinha piorado nos últimos minutos.
Um abcesso de grandes dimensões alojado na garganta que estaria a rebentar a qualquer momento... e se rebentasse, podíamos esperar por uma Sépsis violenta de resultados não muito animadores. Seguiu-se uma Endoscopia Nasal, para melhor observação e algumas colheitas de sangue para ser possível realizar em poucos minutos a operação...
Foi aí que passei um horror autêntico, pois o P. entrou num estado de palidez e convulsões que nunca imaginei possível. O revirar dos olhos, os saltos que ele dava...
Só pensava que não podia ser possível.
Que ele me ia deixar.
Que o abcesso já tinha rebentado.
Não sei ao certo quanto tempo aquilo durou, minutos, talvez apenas segundos, mas que foram verdadeiramente assustadores.

Desde esse momento até que ele entrou na sala de operações foi tudo a correr, as perguntas, as respostas, os exames ainda necessários, as assinaturas no termo de responsabilidade...
Desde que entrámos na clínica até que ele entrou na sala de operações, não passou uma hora, mas os acontecimentos foram tantos que parecia tudo de alguma maneira irreal.

A operação correu bem!

Em princípio, conseguiram eliminar tudo, e ele está a reagir bem.
Vai ficar uma semana na clínica. E o facto é que vai ser muito difícil, conseguir ir lá vê-lo todos os dias.

E o meu coração não vai descansar, enquanto não o tiver aqui ao meu lado, bem juntinho a mim, nos meus braços, no conforto do nosso lar!

Mas sei que agora o pior já passou, e que ele vai voltar!

Até à próxima.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Mais que um dia qualquer

Hoje é mais que um dia qualquer.

Não por ser dia de Carnaval, ao qual ligo muito pouco ou nada, e que ainda por cima, por aqui nem feriado é.

Não por ser o dia que celebro o trigésimo aniversário do meu baptismo, pois apesar de gostar muito de saber quando foi aquele dia de festa familiar em que eu era a figura central, não é esse o motivo que torna este dia especial.

Hoje é o dia que celebro um dos acontecimentos mais importantes da minha vida.

O teu nascimento.

O dia em que me tornaste mãe e concretizaste um sonho que perseguia havia já alguns anos.

Neste dia conseguiste apagar por completo o desgosto de ter perdido um bebé.

O dia em que nasceste era um dia frio, coberto de neve (coisa que este ano é uma utopia, por aqui), mas que iluminaste com o teu rosto, o teu olhar, as tuas feições.
Eram oito e trinta quando choraste a primeira vez, quando deste o teu primeiro respiro, e fizeste a tua primeira traquinice, fizeste xixi para cima do médico :)
Escolhemos esta data para tu nasceres, 20.02.2002, pois como foi uma cesariana planeada, tivemos esse pequeno privilégio.
O papá pode compartilhar connosco aquele momento mágico, e esteve sempre ao meu lado para te recebermos juntos, logo ali na sala de operações.
Não foram os momentos ideias, pois o facto de a mamã ter tido alguns efeitos secundários ao epidural fez que os primeiros olhares que mereceste fossem misturados/intercalados com alguns vómitos e náuseas :(
Parecia como um milagre, ver-te ali tão pequenino, tão nosso.
Medias 53 cm e pesavas 3210 gramas, e isto às trinta e oito semanas de gestação.

Para mim foste o maior milagre que podia ter acontecido nas nossas vidas.

Hoje fazes cinco anos... cinco anos... ai como o tempo corre... ai como o tempo passa.

Mas continuas a ser no meu coração o meu bebé pequenino... agora e sempre!

PARABÉNS FILHO!

PARABÉNS HENRIQUE!

domingo, fevereiro 18, 2007

O Novo Número 1 na Alemanha

Herbert Grönemeyer

Stück Von Himmel

Warum in seinem Namen?
Wir heißen selber auch.
Wann stehen wir für unsre Dramen?
Er wird viel zu oft gebraucht.
Alles unendlich, unendlich.

Welche Armee ist heilig?
Du glaubst nicht besser als ich!
Bibel ist nicht zum einigeln,
die Erde ist unsere Pflicht!
Sie ist freundlich, freundlich -
wir eher nicht.


Ein Stück vom Himmel,
ein Platz von Gott,
ein Stuhl im Orbit,
wir sitzen alle in einem Boot!
Hier ist dein Haus,
hier ist was zählt.
Du bist überdacht
von einer grandiosen Welt.


Religionen sind zu schonen,
sie sind für Moral gemacht.
Da ist nicht eine hehre Lehre,
kein Gott hat klüger gedacht,
ist im Vorteil, im Vorteil.


Welches Ideal heiligt die Mittel?
Wer löscht jetzt den Brand?
Legionen von Kreuzrittern
haben sich blindwütig verrannt.
Alles unendlich, warum unendlich?
Krude Zeit.


Ein Stück vom Himmel
ein Platz von Gott,
ein Stuhl im Orbit.
Wir sitzen alle in einem Boot.
Hier ist dein Heim,
dies ist dein Ziel.
Du bist ein Unikat,
das sein eigenes Orakel spielt.
Es wird zu viel geglaubt,
zu wenig erzählt.


Es sind Geschichten,
sie einen diese Welt.
Nöte, Legenden, Schicksale, Leben und Tod,
glückliche Enden, Lust und Trost.

Ein Stück vom Himmel
der Platz von Gott.
Es gibt Milliarden Farben,
und jede ist ein eigenes Rot.
Hier ist dein Heim,
dies unsere Zeit.
Wir machen vieles richtig,
doch wir machen's uns nicht leicht
Dies ist mein Haus,
dies ist mein Ziel.


Wer nichts beweist,
der beweist schon verdammt viel.


Es gibt keinen Feind, es gibt keinen Sieg.
Nichts gehört niemand alleine,
keiner hat sein Leben verdient.
Es gibt genug für alle,
es gibt viel schnelles Geld,
wir haben raue Mengen,
und wir teilen diese Welt,
und wir stehen in der Pflicht.


Die Erde ist freundlich,
warum wir eigentlich nicht?
Sie ist freundlich,
warum wir eigentlich nicht?


Nao sei porquê, mas este homem a cantar arrepia-me...

Está a aproximar-se

este dia.
E com a disponibilidade com que ando, já dá para imaginar no que vai dar...

Sinto

Falta de tempo...

Falta de tempo para escrever.

Queria escrever e escrever até me doerem os dedos... mas não tenho tido tempo...


Sinto falta de tempo... para me agarrar a um livro e lê-lo do principio ao fim.


Sinto falta de tempo... para simplesmente andar por aqui e navegar pela Net e conseguir acompanhar todos os meus blogs preferidos e descobrir, talvez, alguns novos.


Sinto falta de tempo... para estar no Msn e falar/teclar com todos aqueles com quem não tenho tido contacto...


Sinto-me assim, principalmente com falta de tempo...


Até à próxima, talvez com mais tempo...

domingo, fevereiro 11, 2007

Não sei que se passa

Estou a ficar desanimada... Têm sido doenças atrás de doenças...

O Diogo já há três semanas que anda a tomar medicamentos, já é o segundo antibiótico...

Não sei para onde me hei-de virar...

As noites têm sido uma ilusão... Um permanente deita-levanta, deita-levanta...

Não descanso... fico de mau humor... e os doentinhos apanham por tabela...

Ontem fui ao pediatra de serviço com o Diogo, que diga-se de passagem achei fenomenal, fartei-me de correr farmácias de serviço para encontrar o antibiótico, acabei por não encontrar, tudo esgotado, valeu um telefonema ao pediatra, para ele dizer um alternativo... Acabei por conduzir cem quilómetros, com o pequenino no banco de trás :(

Hoje fui ao médico de serviço com o maridito, pois ele piorava a olhos vistos, não mastigava, não engolia, não falava, as dores de cabeça eram insuportáveis. O diagnóstico foi diferente do do médico de família na sexta-feira, afinal não era a gripe, mas sim uma inflamação do lado direito da traqueia e uma bronquite.

Eu que ainda não recuperei a cem por cento as minhas forcas e energias, após malfadada gripe, não me consigo recuperar, com isto tudo a acontecer à minha volta.

O Henrique tem ido se safando, mas se calhar é melhor não deitar foguetes antes da festa... não vá o Diabo tecê-las...

Até à próxima e espero que com histórias mais felizes...

Casa cheia

O Diogo recebeu nova visita. A "Senhora Bronco-Pneunomia"...

Ao Maridito afinal nao era a "Dona Gripe" a chatear, mas sim a "Senhora Bronquite Aguda"...

Resultado: os dois a tomar antibiótico!

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Onde moro?

Numa casa de família?
Num Hospital?
Ou num Hotel de visitinhas indesejadas?

A "Dona Gripe"

Continua por cá... mas agora está a chatear o maridito...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Desta vez...

... a visita foi mesmo para mim.
Bateu à porta, e mesmo sem a convidar, ela decidiu entrar.
Foi mesmo mal educada esta "Dona Gripe"...

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

PARABÉNS!!!!!

Para a bebé do dia, aqui ficam os votos sinceros de parabéns!


Amiga, desejo que tenhas um dia muito feliz, na companhia daqueles que mais queres.

Que este novo ano de vida te traga tudo de bom, pois tu mereces isso e muito mais!


Muitos beijinhos e abraços!