A minha pequenina
Com tudo isto que me tem acontecido pouco tenho escrito e pouco me tenho referido a ela.
Já tem dois meses de vida... o tempo corre.
O nascimento dela mudou muito dentro de mim.
Pois ela recebeu as roupinhas da minha Jéssica e da minha Catarina... recebeu as roupinhas de recém-nascido dos primos, a caminha e tantas outras coisas.
Ao separar-me dessas coisas, separei-me também de um desejo que guardava dentro de mim.
O desejo de ser mãe novamente.
O desejo de passar por tudo novamente.
O desejo de ter uma menina.
Esse desejo morreu, quando levei todas as coisas deles e as deixei ali.
Mesmo antes de a minha Leonor nascer.
Ficou o conforto e o consolo de ter aquela menina nos braços, de senti-la, de amá-la.
Há meses atrás, quando descobri que ela crescia no aconchego da barriguinha da mãe, senti inveja, mas uma inveja saudável e de nenhum modo maléfica.
Mas pensava por que razão não era eu que tinha essa menina dentro de mim... e sei que talvez não tinha mesmo de ser.
Agora imagino-me com tudo o que tenho passado e ainda com um bebé nos braços... era desastre completo.
Sei que estes dois que tanto amo me têm enchido completamente e sei que vou ficar por aqui.
É uma decisão que o maridito já tinha tomado há algum tempo.
É uma decisão que eu acabei por tomar também.
Morreu o desejo de voltar a ser mãe, mas nasceu uma grande vontade de ser TIA e quero e desejo que venham muitos mais bebés, para eu pegar ao colo, para eu sentir para eu amar.
Até à próxima.
1 comentário:
Acho que esse desejo nunca morre, só está adormecido.
Pode nunca acordar, mas fica lá sempre. Por isso somos mães e mulheres. Há sempre lugar para mais um.
Bjs
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