Nestas alturas

É nestas alturas, que dói mesmo muito estar longe.
É nestas alturas, que me sinto mais impotente, vazia e sem forcas...
Porque tudo acontece na pior altura, porque os acontecimentos parecem suceder-se rapidamente sem deixar espaço de manobra...
Sinto-me triste, por não estar ao lado da minha mãe e das minhas irmãs, neste novo momento de sofrimento familiar.
A minha mãe a noite passada caiu. Deu uma queda valente numa rua deserta, em frente a casa... Conseguiu unir forças e chegar a casa para telefonar à minha Fifina, que veio prontamente em seu socorro, mas pouco mais pode fazer que chamar uma ambulância. Foi levada para o Hospital, depois de algumas horas de espera e sofrimento, lá decidiram operá-la... Tem uma fractura a nível do ombro. Não sei mais nada, e custa tanto esta ignorância... este não saber como ela está agora, não poder tocar-lhe, dar-lhe o meu apoio... Não sei o que faça, apenas sei aquilo que me apetecia fazer, largar tudo e ir para junto dela... Quero estar com ela, porque tenho um nó e um aperto no peito que não sai...