Quero apenas acrescentar um pequeno ponto ao post anterior... em vez de um que tinha aparecido em Setembro... hoje apareceram mais dois...
Já foi motivo para me deixar de mau humor... até que os arranquei...Agora quase que já me esqueci :)
Beijinhos e boas entradas em 2007!!!!!!!!!!!
Até à próxima!
P.S.- Este foi mesmo escrito hoje, dia 31/12 :))
Não posso dizer que tenha sido um bom ano... pelo contrário.
Foi um ano de muitos acontecimentos negativos, que se sucederam a uma velocidade impressionante.
Foi um ano em que a morte esteve várias vezes presente, como nunca tinha estado na minha vida...
Vi e senti muitas pessoas partir, umas mais próximas, outras mais distantes... mas que todas me tocaram e mexeram com o meu estado de espírito, e acima de tudo fizeram com que eu olhasse a vida com outros olhos...
Agora dou-lhe outro valor...
Este sentimento de perda fez-me crescer...
As doenças também por cá andaram,e andam, umas mais preocupantes que outras, mas que de um modo geral não nos conseguiram tombar, fazem-nos tremer mas tombar, não.
Mas este ano também me trouxe coisas boas, entre elas a blogosfera.
A blogosfera faz certamente parte importante dos acontecimentos mais que positivos deste ano. Um descobrir de um mundo desconhecido, e que me encantou desde o início... foi para mim um novo renascer para a escrita e para a vida...
Ter um local onde assinalar as minhas aventuras e desventuras, as minhas alegrias e as minhas tristezas, as minhas dúvidas e incertezas, enfim ter um local só meu, que afinal é um pouco de todos os que por cá passam!
As amigas virtuais... não tenho palavras para descrever tamanhas surpresas... Todas vocês sois óptimas e tendes sabido dar-me o apoio que necessito para conseguir enfrentar todas as adversidades que este ano me reservou...
Só pelo facto de vos ter conhecido valeu a pena andar por aqui!
Portugal, sempre, este ano, o anterior, o próximo. País que amo e adoro.
Dez anos de casamento... foram comemorados este ano... dez anos de amor, amizade, respeito, carinho partilhados com um homem bestial.
As minhas manas... continuaram a ser elemento presente no meu coração e no meu pensamento... pelos problemas, pelas alegrias, pelas tristezas, pelas incertezas, pelas certezas... por tudo.
Os filhotes, claro, cresceram a olhos vistos... O Henrique está alto (apesar de muito magrinho...), muito independente e muito esperto :)
O Diogo tem feito muitos progressos este ano, fala tudo (apesar de misturar muito o português com o alemão...), deixou as fraldas de dia e de noite :)
O trabalho... este ano não foi dos melhores... mas as raízes que foram este mês semeadas prometem um ano de 2007 muito bom, assim espero que seja!
O meu trigésimo aniversário... cumprir trinta anos, foi um misto de tristeza e alegria...
E claro não posso deixar de referir o meu primeiro cabelo branco, que acontecimento tão importante!
Desejo um Próspero Ano Novo, a todos os que por aqui passam, porque gostam de mim, porque gostam da minha escrita, porque gostam de criticar a escrita dos outros, porque vieram aqui parar não sabem bem como, porque são curiosos, porque..., porque..., porque...
Beijinhos a todos e até pró Ano 2007!
A escarlatina tem mesmo mexido com ele, e está a deitá-lo a baixo, não foi nada que eu não desconfiasse, mas a confirmação apareceu...
O pediatra achou por bem ele ser visto por um Otorrino e o próximo passo será fazer a operação às amígdalas... quando regressarmos de férias. O facto de ele reagir por si bem aos antibióticos, e deixar logo de ter febre é bom sinal.
O Otorrino não achou necessidade de não irmos de férias, para ele ser operado... Disse que como ele agora estava medicado com penicilina, ia certamente estar bem durante uns tempos e depois das férias tenho de planear uma semanita no hospital :( Mas se for para ele deixar de ter estas crises e voltar a ter a mesma genica de antigamente que seja!
(O facto da minha cunhada trabalhar no consultório do Otorrino, fez com que pudesse ser atendida logo hoje:)
Tenho a acrescentar que hoje o Henrique já parece outro, sente-se bem e brinca um pouco.
E entretanto a nossa viagem para Portugal está adiada pelo menos por um dia...
Até à próxima!
Este bicho mau não nos larga!
Eu a pensar que já, mais uma vez o Henrique tinha conseguido ultrapassar esta doença, e não é que ontem aconteceu uma grande recaída...
Ele andou muito bem enquanto o antibiótico durou (o que eu já esperava), mas como acabou na quinta-feira à noite, ontem voltou a subir a febre...
Tínhamos ido ao hospital, visitar a tia do P., que tem estado muito mal no hospital (a juntar a todas as coisas que por si tenho de fazer, a visitinha diária juntou-se a todas essas obrigações...). Quando senti que o Henrique começava a ficar muito quietinho... a enroscar-se no colinho do pai... eu disse que ele estava a ficar outra vez doente... era uma recaída... o pai dizia que era cansaço... mas coração de mãe não se engana... e infelizmente eu tinha razão...
A febre estava nos 39,2...
Liguei ao médico de serviço... A ordem foi de ir directamente com ele lá... Fomos... A médica não acreditou numa nova recaída... mas o exame foi positivo... Novamente Escarlatina, apesar de já o saber, nem quis acreditar na confirmação...
Para tornar tudo ainda mais difícil... ao auscultá-lo ela encontrou mais alguma coisa... os batimentos cardíacos não estão normais... há qualquer coisa de estranho. Esta anomalia, pode vir das febres altas dos últimos tempos, dos muitos antibióticos que ele tem tomado, ou sabe-se lá de onde.
A prioridade do momento é combater-lhe a maldita doença que não o larga, desta vez com penicilina. Observação máxima durante hoje, e reagir logo assim que sinta algo de "estranho" e amanha ir com ele, novamente ao pediatra dele, para ser auscultado novamente e caso os sintomas persistam ser encaminhado para um cardiologista...
E isto tudo a três dias da nossa tão esperada viagem ao nosso Portugal...
Não sei que fazer, não sei para onde me virar, tenho dois dias no trabalho muito intensos, antes de me ir embora, tenho as malas para fazer, tenho a casa para deixar em ordem, tenho de tomar conta dos pequenos, pois o P. anda de noite e o Henrique também ainda não pode ir ao infantário, tenho compras para fazer, e tenho a viagem de dois mil e tal quilómetros para conduzir, sozinha.
Não sei mesmo para onde me virar...
Até à próxima.
Insónias.
Foi esta noite...
Mal dormi...
Até adormeci bem, até ser acordada pelo Diogo, pelas duas e tal da manhã.
Não sei porquê, mas perguntei-lhe logo se tinha feito xixi na cama, ele respondeu que sim...
Mudei-o, mandei-o para a minha cama para o pé do pai, para não estar ao frio, mas ele, teimoso como é, não quis! "Não quero!" era a resposta dele (talvez influências de um blog que circula por aí, nunca se sabe).
"Quero fazer ó-ó na minha caminha!"(é que é teimoso o rapaz!). Depois da cama feita de lavado, lá se deitou.
Fui eu para a cama, por volta das três e tal, mas e conseguir adormecer... aí é que foram o elas...
Olhava para o tecto.
3:25...Virava para o outro lado... e pensava "Será que o Diogo já adormeceu?!"...
3:35... nova viragem, nova posição "Se calhar era melhor levantar-me, já que não consigo dormir"... "Mas aqui está tão quentinho.."
3:45... nova viragem, nova posição "O maridito podia deixar de ressonar..."
3:55... nova viragem, pensar em tudo o que aconteceu durante a semana, não tem sido nada fácil...
4:02... nova viragem "Será que não consigo adormecer!? Eu tenho sono!"
4:10... "Como será o Natal!? Ainda parece tudo tão incerto..."
4:15... "Finalmente marquei o almoço com a Elora... o que vou cozinhar!?"
4:20... "Podia fazer... esquece isso agora e dorme!"
4:30... Vem o Henrique... (ou será que sonhei?!), mandei-o para a cama... foi sozinho (se é que alguma vez ali esteve ao pé de mim...)
4:40... "Será que vou conseguir ter tudo pronto até quarta-feira? Acho difícil..."
4:50... "Também podia namorar um bocadinho com o maridito... mas ele está a dormir tão bem..."
4:55... "É mesmo melhor dormir... acho que estou mesmo muito cansada..."
5:15... Toca o despertador, o maridito dá um pulo que se põe logo de pé, eu assustei-me... "Pois está na hora dele ir para o trabalho... e eu sem dormir nada de jeito..."
5:25... Ele vem despedir-se...
5:55... "Parece que já dormi um bocadinho... Ahhhhhhh, que eu tenho tanto sono...zzzzz"
7:18... Chega o Henrique... "Filho vai fazer xixi, e deita-te aqui no lugar do pai...zzzzzzzz"
7:45... "Filho, fica lá quietinho que a mãe quer dormir mais um bocadinho...zzzzzzzz"
8:05... O melhor da noite, ou da manha... na minha manha de folga... acontece uma coisa que andávamos à espera há anos... vêm cortar as árvores do jardim atrás da casa... sem aviso prévio... o motosserra faz um barulho enorme... e eu "zzzzzzz... será que eles não podiam fazer menos barulho... Mas tem que ser é mesmo aqui atrás...zzzzz"
8:30... "Não quero abrir as persianas... quero dormir... Henrique, fica quietinho filho...zzzzz"
8:50... "Não adianta... tenho mesmo de me levantar... o barulho é ensurdecedor... o Henrique não fica quieto, mas o Diogo ainda dorme... eu também quero...zzzzzzzz"
9:10... Levanto-me... Dou fim a esta noite acordada a dormir...
Até à próxima...zzzzzzzz...
Aqui as coisas não andam muito bem...
O Henrique tem novamente escarlatina, até parece mentira!
Não queria acreditar, mas os sintomas eram idênticos, e apesar de o pediatra ter dúvidas, que pudesse ser novamente, o exame feito à garganta não deixou quaisquer dúvidas... pois deu positivo.
O primeiro dia foi muito difícil, mas agora já salta, já brinca, já corre... Vamos ver se vai conseguir superar desta vez tudo, sem quaisquer problemas...
Até à próxima.
"Aquele que tem uma ideia é um tipo esquisito até que a ideia vença"
Twain, Mark
Li esta frase e pensei que tinha mesmo tudo a ver comigo e com este blog, pois continuo a dizer que "Não sei se é boa ideia"!
Passaram três meses, desde que ele partiu para sempre... desde que me deixou sem esperanças de um possível retorno.
Três meses se passaram desde a morte do meu pai.
Foram três meses de muito sofrimento, de recriminações, de sensações de perda, de revolta, de tristeza.
Mas estes três meses foi o culminar de muitos anos anteriores, em que já me sentia órfã de pai... parecem cruéis tais palavras... mas eu sinto que perdi o meu pai há muitos anos atrás... não agora.
Comecei a perder o meu pai, devia eu ter doze ou treze anos, quando o fosso se começou a abrir entre nós... O contacto passou a ser mínimo... E a vinda para a Alemanha e o posterior divórcio dos meus pais, foram escavando e aprofundando esse fosso...
O facto de o nosso contacto ter-se indo restringido a poucas horas por ano, em que eu tentava saber, como ele estava, com telefonemas ou pequenas visitas, foi o culminar de todo o distanciamento.
Muito se passou.
Muita mágoa senti.
Mas por vezes, sinto a culpa, a culpa de talvez não ter sido a filha que ele imaginava... que ele esperava, que eu fosse...
Hoje reli pela primeira vez, o meu post de 15/11.
Relembrei todos aqueles dias, todas aquelas horas, todos aqueles sentimentos...
Sei que não tenho culpa de tudo o que aconteceu...
Mas tenho certamente parte.
Sei que não podia ter mudado as coisas e os acontecimentos, mas podia ter alterado alguns...
E sei que vai ficar para sempre aquela imagem do último dia que o vi com vida, aquele sábado, dia 9 de Setembro...O dia em que pela primeira vez o vi... e não lhe falei...
E esta culpa ninguém me a vai conseguir tirar nunca...
Vai viver comigo...
Vai ficar comigo!
Tenho de alguma forma sabido viver com ela, tento desculpar-me com o facto, de ter sido ele a não querer falar comigo, e de ele já no passado, me ter virado as costas várias vezes.
Despedi-me dele, na carta que lhe escrevi, e que ele levou consigo.
Perdoei-lhe tudo o que ele me fez em vida, e todos os problemas que ele nos deixou...
Espero que onde estiveres, Pai, também um dia me consigas perdoar.
Adeus Pai!
Até à próxima.
Parece um jogo de ping-pong aqui em casa, entre o Diogo e o Henrique...
A bola passa de um para o outro, ou mais rápido ou mais lentamente.
Ou está um doente ou está o outro.
Agora a bola está no Henrique!
Até à próxima.
Apesar de ser um livro praticamente desconhecido, de uma autora, cujo nome também nada me dizia, li.
Uma história muito tocante, em que os enredos familiares e as tragédias são constantes.
Uma história que é contada simultaneamente, no passado e no presente.
Mas gostei e aconselho.
Até à próxima.
A ovelhinha que é acompanhada diariamente pelos meninos do Infantário do Henrique (e pelo seu diário), até chegar ao Presépio no dia 24!
Hoje foi o dia, em que pude acompanhar o Henrique. Ele ficou muito entusiasmado e muito orgulhoso.
Eu fui apresentada a todos, à mamã e ao papá, à vizinha, e naturalmente ao irmão mais novo o Diogo. Todos eles me receberam com muito carinho.
Eles apresentaram-me também uma nova Língua, a Portuguesa, o que eu achei muito interessante.
Depois de um agradável almoço familiar encaminhámo-nos novamente para o Infantário, onde continuei a merecer todas as atenções do Henrique.
De novo em casa tivemos direito a mais um recarregamento de forças com um óptimo lanchinho, seguido de muitas brincadeiras e o programa de televisão preferido dos pimpolhos da casa, os desenhos animados "O Pai Natal"!
À noite após o jantar e após termos escovado os nossos branquíssimos dentinhos, tivemos ainda direito à história obrigatória antes de dormir.
Então, o meu companheiro de hoje, dividiu a sua caminha comigo, onde dormimos sempre abraçadinhos.
Eu adorei ter conhecido esta família, e especialmente o Henrique!"
Ao passear numa unidade comercial aqui da zona, dei de caras com o DVD deste filme... vieram as memórias... da minha primeira ida ao cinema.
Lembro-me do dia... lembro-me da companhia... lembro-me das músicas... lembro-me do filme...
Até à próxima...
Tenho dúvidas...
Não sei que fazer...
Não sei como agir...
Não sei como lidar com a situação...
Tudo me parece confuso...
Não sei se devo falar, aconselhar, discutir sobre o assunto, ou se... é melhor ficar calada, quieta, não dizer nada...
Não sei o que a fará sofrer menos...
Não sei o que a ajudará mais...
Queria que os problemas dela se evaporassem... desaparecessem... principalmente que se resolvessem...
Queria que ela conseguisse atingir aquilo com que tanto sonha sem sofrer tanto... sem ter de lutar permanentemente, batalha após batalha... sem ter a certeza que vai conseguir ganhar a guerra.
Gostava de conseguir ajudá-la.
Mas como, se não sei o caminho... se não sei a melhor forma de o fazer?
Será que aconselhá-la a lutar, a enfrentar todas as batalhas e dificuldades, sem certezas, apenas cheia de muitas esperanças, é o melhor caminho?
Ou será o melhor caminho, o abandonar tudo, o esquecer, o dar a guerra por perdida?
Não sei.
As minhas dúvidas persistem.
Porque é que certas mulheres têm de sofrer tanto para conseguirem ser Mães... para conseguirem sentir um bebé crescer no seu próprio ventre...
Porquê?
Até à próxima...
P.S.- Apenas tenho uma certeza. Ela tem todo o meu apoio, só não sei é como é que lho exprimo...
